Não
aconteceu da noite pro dia. O processo que culminou num pedido de socorro
assinado pela qualidade vem se desenhando há alguns anos. Posso precisar seu
início entre 2005 e 2006. Com a desorganização intencional da padronização por
tipo de serviço que a linha cumpria (troncal, alimentador, interestação,
vizinhança e linha direta), que tinha por objetivo padronizar todos os serviços
com uma cor só, os primeiros sinais de uma involução foram dados. Logo após,
uma política intensiva de enxugamento da qualidade da frota se ergueu. Ônibus padrons (veja o que é um ônibus padron clicando aqui) começaram a ser cortados do sistema, dando lugar aos arcaicos veículos
de motor dianteiro. Além disso, as poltronas acolchoadas foram trocadas pelas
duras poltronas de polipropileno, tendo, além disso, seu número reduzido de forma
considerável no interior do veículo. As carrocerias empregadas, que antes seguiam o padrão de
maior qualidade oferecido pela encarroçadora, foram substituídas pela linha
mais econômica.
De
lá até hoje, vemos os modelos econômicos descritos acima crescendo na cidade em
PG. Aliado a isso, vemos um manutenção
relapsa da frota. Hoje mesmo tivemos um exemplo claro de problemas com a manutenção: um articulado incendiou-se na rua Blumenau. Este não é um caso isolado, posso confirmar outros (como
o que envolveu um micro-ônibus do Transporte Eficiente, que colocou em risco a
vida de um cadeirante. Veja mais sobre este ocorrido clicando aqui).
Outro
problema muito presente na vida de quem utiliza o transporte coletivo é a falta
de higiene. Todos nós sabemos que esse
problema existe. Já registrei carros que ficaram duas semanas sem limpeza.
Receberam uma “vassourada” posteriormente, mas nada que lembre a higienização propriamente dita. Conseguimos
perceber a falta dela em boa parte da frota joinvilense.
Ps:
Sei das escalas incoerentes dos carros. Posso afirmar que veículos como este chegam a rodar por vias sem infraestrutura alguma, onde a poeira
impera. Mas muitas vezes estes carros estão há dias operando em linhas
troncais, com a poeira acumulada dos dias anteriores. Quem vive a realidade do transporte coletivo sabe que o que descrevi acima é
verdade, invente a desculpa que inventar posteriormente.