terça-feira, 6 de novembro de 2012

Quando a qualidade pede socorro.



Não aconteceu da noite pro dia. O processo que culminou num pedido de socorro assinado pela qualidade vem se desenhando há alguns anos. Posso precisar seu início entre 2005 e 2006. Com a desorganização intencional da padronização por tipo de serviço que a linha cumpria (troncal, alimentador, interestação, vizinhança e linha direta), que tinha por objetivo padronizar todos os serviços com uma cor só, os primeiros sinais de uma involução foram dados. Logo após, uma política intensiva de enxugamento da qualidade da frota se ergueu. Ônibus padrons (veja o que é um ônibus padron clicando aqui) começaram a ser cortados do sistema, dando lugar aos arcaicos veículos de motor dianteiro. Além disso, as poltronas acolchoadas foram trocadas pelas duras poltronas de polipropileno, tendo, além disso, seu número reduzido de forma considerável no interior do veículo. As carrocerias empregadas, que antes seguiam o padrão de maior qualidade oferecido pela encarroçadora, foram substituídas pela linha mais econômica.  
De lá até hoje, vemos os modelos econômicos descritos acima crescendo na cidade em PG.  Aliado a isso, vemos um manutenção relapsa da frota. Hoje mesmo tivemos um exemplo claro de problemas com a manutenção: um articulado incendiou-se na rua Blumenau. Este não é um caso isolado, posso confirmar outros (como o que envolveu um micro-ônibus do Transporte Eficiente, que colocou em risco a vida de um cadeirante. Veja mais sobre este ocorrido clicando aqui).





Outro problema muito presente na vida de quem utiliza o transporte coletivo é a falta de higiene. Todos nós sabemos que esse problema existe. Já registrei carros que ficaram duas semanas sem limpeza. Receberam uma “vassourada” posteriormente, mas nada que lembre a higienização propriamente dita. Conseguimos perceber a falta dela em boa parte da frota joinvilense.







Ps: Sei das escalas incoerentes dos carros. Posso afirmar que veículos como este chegam a rodar por vias sem infraestrutura alguma, onde a poeira impera. Mas muitas vezes estes carros estão há dias operando em linhas troncais, com a poeira acumulada dos dias anteriores. Quem vive a realidade do transporte coletivo sabe que o que descrevi acima é verdade, invente a desculpa que inventar posteriormente. 

sábado, 22 de setembro de 2012

Joinville tem aquilo que merece.


Enquanto outras cidades de médio e grande porte estão a anunciar melhorias no quesito qualidade/conforto do transporte coletivo, vemos sinais claros de que as coisas por aqui vão regredir nos próximos anos. A situação se agravará, e muito, dependendo de quem assumir a prefeitura em 2013. Se não me falha a memória, temos a terceira passagem mais cara do país, o que quebra ao meio a justificativa de pouco lucro para melhorias na qualidade. Outras cidades, que cobram tão caro quanto, estão investindo pesado em sistemas de BRT e até nos ecológicos Trólebus, ou seja, investindo na qualidade dos serviços oferecidos para suas populações. Enquanto isso, nossa querida Joinville planeja ficar nos caminhões adaptados para ônibus: Desconfortáveis, econômicos em demasia (embora o valor da passagem não exprima isso), não confiáveis e péssimos instrumentos de trabalho. O pai desse tipo de ônibus, que é pai das poltronas de polipropileno também (pesquise por "Urban 90" no Google), está a pedir seu voto esse ano. Você vai dar a ele, tenho certeza, compactuando com quem afundará de vez o conforto do transporte público desta cidade. Ou você acha que o dinheiro para passagens mais baratas aos domingos cairá do céu?

sábado, 25 de agosto de 2012

Ônibus em foco: Conforto é a chave?


O cenário atual do transporte urbano nas médias e grandes cidades brasileiras, assim como de países emergentes mundo afora, é de caos e congestionamentos. As facilidades de crédito e financiamento, bem como o aumento da renda gerado pelo crescimento econômico, favorecem ainda mais o transporte individual, que no passado era símbolo de status e privilégio de poucos e hoje é o grande culpado por problemas de mobilidade urbana e poluição ambiental. Mais do que nunca o transporte coletivo é tido como única solução para tais, e prioridade dos governos.

Entre os vários modais de transporte coletivo urbano, o ônibus é o mais popular do mundo. E no Brasil, país onde tudo é caro, não poderia ser diferente, devido a seu baixo custo de operação e aquisição, bem como versatilidade de trabalho e configuração. O Brasil é o segundo maior produtor de ônibus no mundo, e também o pioneiro na modalidade chamada de BRT, sigla para Bus Rapid Transit (Trânsito rápido de ônibus). O metrô de superfície, como também é chamado, é a grande aposta de várias cidades no mundo. Rapidez, eficiência, comodidade, alta capacidade, baixo custo de investimentos e tempo de implantação, são qualidades e vantagens que estão conquistando técnicos em planejamento, gestores, políticos e a população, tirando a visão negativa que se tinha do ônibus.

Para qualquer sistema implantado ter sucesso, é preciso que o poder público tome a iniciativa de fazer um planejamento minucioso que atenda as necessidades de deslocamento e demanda com máxima eficiência e conforto. Isso é vital não apenas para a saúde do sistema, como também para a mudança de hábitos de uma população, cuja difícil tarefa é a troca da comodidade do veículo particular pelo serviço público. São duas as táticas aplicadas pelos governos para forçar esta mudança. A primeira é tornar o automóvel desvantajoso, restringindo a circulação de veículos de passeio, como estacionamentos rotativos, “calçadões”, rodízio, etc. A segunda é tornar o sistema de coletivos atrativo, como subsidiar a tarifa, disponibilizar boa oferta de veículos em todos os horários, e principalmente o conforto dos mesmos.

Indo na contramão da evolução, o Brasil onde tudo é caro, é também desigual. Têm-se BRT em poucas cidades, e na maioria há sistemas arcaicos e ineficientes, tarifas altas, superlotação, ociosidade com sobreposição de rotas, frutos do mau planejamento, e principalmente do favorecimento a interesses privados de operadores em detrimento da população. Conforto é algo que passa bem longe do ônibus, na maioria das cidades brasileiras.

O nível básico de conforto que são submetidos passageiros e condutores é uma discussão antiga, que data dos anos 60 na Europa e fins de 70 no Brasil. A substituição de carrocerias montadas sobre chassis de caminhões por veículos próprios para transporte de pessoas que se deu no velho mundo e América do Norte, foi também aqui proposta pelo governo federal, mas o destino foi diferente. A EBTU (Empresa Brasileira de Transportes Urbanos) através do GEIPOT (Grupo Executivo para Integração de Políticas de Transporte) realizou pesquisas com objetivo de criar normas e especificações para melhorar e padronizar a frota nacional; o resultado foi projeto do ônibus Padron, cujas especificações abrangem vários itens de conforto e segurança, que a grande maioria dos ônibus até hoje não possuem.

Atualmente, adquirir um ônibus é como um automóvel particular e até mais flexível. As opções de chassis, carrocerias, dimensões, portas, bancos, acabamento, piso, etc. são incontáveis. Desse modo, é conveniente para a empresa operadora utilizar veículos do mais simples possível para transportar uma mesma quantidade de pessoas a fim de obter maior lucro. Infelizmente o transporte coletivo é gerido como negócio privado e não serviço público na maior parte do país. Desinteresse por parte do poder público e corrupção resultou em concessões e permissões que dão direito e exclusividade a empresários “deitarem e rolarem” com tarifas altas e serviços de baixa qualidade. Se o transporte coletivo é a solução para o caos urbano, conforto é primordial para o sucesso. Caso contrário o ônibus continuará sendo mal visto, o transito entrará em colapso, e a poluição trará suas conseqüências.                                                                                                                                                                           

Na próxima postagem falarei a respeito de ônibus confortáveis e seguros, do projeto Padron, comparações com nossos ônibus atuais, o atraso tecnológico e suas desvantagens.

Educação e Capacitação dos motoristas? Isso existe?

No dia-a-dia joinvilense, principalmente nos dias úteis, vemos uma grande concentração de trabalhadores, moradores de rua, vendedores de cachorro-quente (não estou desmerecendo os dois últimos, somente estou dando referência), correndo para chegar a tempo onde quer que seja. Para conseguir atender essa demanda apressada, se exige tal "correria" dos ônibus para o cumprimento de seus horários. A pergunta que me vem em mente, diante disto, é a seguinte: Será que esses horários são cumpridos com excelência profissional? Não me refiro ao veículo utilizado, seu estado de conservação, muito menos ao planejamento do projeto de linha. Falo da pessoa que conduz o coletivo. Ela é capaz de lidar com tamanha pressão? Possui preparo para lidar com o cliente? Além de tudo, ela é capaz de lidar com situações estressantes onde, acima de tudo, se exige postura íntegra e educada, seja qual for a situação?

É um milagre encontrar em Joinville um motorista que deseja  bom dia, boa tarde ou um boa noite.  A rotina de seu cargo, de linha em linha, conhecendo pessoas das mais diversas religiões, opiniões, posturas comportamentais, pode tornar a viagem uma aventura interessante para ele, ou não. É aí que entra a importância da avaliação psicológica regular, para a empresa ter um controle da peça que está atrás do volante. Posso lhes garantir, meus caros, que em Joinville há muitos boçais conduzindo coletivos, atendendo o cliente com pancadas de tacape.

Duas situações, onde tais boçais foram protagonistas, me chamaram a atenção esse ano.

- A primeira envolveu um jovem, que foi covardemente agredido pelo simples ato de pedir informação: “Moço, o senhor sabe me informar se esses cachorros tem dono?”. Isso mesmo, o rapaz estava interessado em dar assistência a alguns cães que perambulavam pela Estação Norte. Com resposta para a pergunta, ele foi agredido e humilhado diante várias pessoas que estavam no local. Violência gratuita mesmo! Até o momento, a única atitude da empresa responsável pelo funcionário (Transtusa), foi a de expor que não concorda com a atitude tomada pelo colaborador, além de salientar que está constantemente treinando seus funcionários, dando diretrizes comportamentais para o atendimento ao público. Resumindo, virou em pizza.

- Outra situação que vivenciei na mesma Estação, envolveu UMA motorista, que fez de uma viagem na linha 0200 - Norte/Sul (sentido Sul) um verdadeiro terror. Além de falar palavras obscenas, tratou de forma animalesca alguns passageiros. Demonstrou descontrole emocional durante todo o trajeto, abusando da velocidade nos trechos de maior fluxo. Infelizmente, por motivos operacionais financeiros, a Transtusa opera 100% dos horários nos sábados com diversos tipos de veículos, qualidades, e afins. A Gidion por sua vez faz um bom trabalho, com suas falhas, mas é 100% melhor que a "concorrente".

Perante esses dois relatos vos pergunto: Dá para acreditar que a empresa treina de forma adequada seus funcionários? Uma empresa que diz num vídeo institucional que higieniza seus veículos até duas vezes ao dia, mas que se formos fiscalizar, facilmente registramos carros com mais de duas semanas sem higienização, é passível de ter credibilidade? Há de fato uma preocupação em tratar bem o cliente, ou é apenas um "faz de conta" de para cumprir normas da ISO? É com tristeza que constato: Nosso sistema de transporte coletivo está sendo sucateado, dentre outros motivos graves, pela falta de capacidade dos profissionais que trabalham nele, em lidar com outros seres humanos.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Linhas da Joinville pré bilhetagem eletrônica.

Padrão antigo de pintura que identificava as três troncais existentes na época. 



Troncais

020 - NORTE / SUL
040 - TUPY / NORTE
070 - SUL / TUPY


Interbairros

0100 - Sentido horário
0102 - Sentido anti-horário


Terminal Central

1107 - PORTO RICO / NILO PEÇANHA
1200 - PARANAGUARAMIRIM via Presídio
1201 - 6 DE JANEIRO via Guanabara
1202 - PARANAGUARAMIRIM via Rio Velho
1203 - MORRO DO AMARAL
1204 - PADRE ROMA via Anitápolis
1205 - PETRÓPOLIS via Monsenhor Gercino
1206 - ESTEVÃO DE MATOS
1207 - PARQUE GUARANI
1208 - CONSTANTINO OLIVEIRA BORGES
1209 - JARDIM EDILENE
1210 - ITAUM COSTA via Procópio Gomes / Centro / Fátima / Itaum
1211 - LOT. TROPICAL via Rio Velho / Centro / Itaum / Paranaguaramirim
1212 - LOT. SÃO DOMINGOS via Guanabara / Centro / Itaum / Paranaguaramirim
1301 - FÁTIMA CIRCULAR
1302 - ADHEMAR GARCIA CIRCULAR
1303 - GUANABARA CIRCULAR
1304 - LOT. ROSA CIRCULAR Centro / Bucarein / Fátima / Jarivatuba
1305 - LOT. ULYSSES GUIMARÃES CIRCULAR Centro / Bucarein / Fátima / Jarivatuba
1306 - TERESÓPOLIS CIRCULAR
1307 - LOT. NOVA JOINVILLE Centro / Bucarein / Fátima / Jarivatuba
1401 - PETRÓPOLIS via Alfredo Wagner
1402 - SÃO PAULO via Santa Rosa de Lima
1403 - SÃO PAULO via Barra Velha
1502 - ANITA GARIBALDI
1502 - JATIVOCA via Anita Garibaldi
1503 - PITAGUARAS via Anita Garibaldi
1504 - MORRO DO MEIO via Anita Garibaldi
1505 - AMÉRICO VESPUCIO
1506 - ESTRADA BARBANTE CIRCULAR Centro / Anita Garibaldi / Morro do Meio
1601 - RODOVIARIA CIRCULAR
1602 - SÃO MARCOS
1604 - WILLY TILP
1606 - PORTO RICO via Rodoviária
215 - ANTONIO JORGE CECYN
221 - IRIRIÚ
222 - JARDIM IRIRIÚ
223 - PAPA JOÃO XXIII
229 - JARDIM FRANCIELE via Santa Bárbara
230 - AVENTUREIRO via Emílio Landmann
231 - AVENTUREIRO COHAB
232 - AVENTUREIRO CIRCULAR
234 - CUBATÃO
235 - PORTINHO
237 - PARQUE JOINVILLE
241 - UNIVILLE
242 - COSTA E SILVA via Benjamin Constant
244 - BENJAMIN CONSTANT
247 - COSTA E SILVA via Elza Meinert
250 - WILLY SCHOSSLAND via Jardim Diana
251 - WILLY SCHOSSLAND
252 - VILA NOVA
253 - BENTO T. DA ROCHA CIRCULAR
254 - PAULO SCHNEIDER
255 - JOÃO MIERS
260 - ESTRADA ANABURGO
270 - BAR PIRAÍ
410 - QUIRIRI via Dona Francisca
411 - RIO DA PRATA
412 - QUIRIRI ALTO DA SERRA
420 - RIO BONITO / ESTR. DA ILHA
421 - RIO BONITO / DONA FRANCISCA
422 - BAIRRO CANELA
423 - RIO BONITO / TIA MARTA
424 - PIRABEIRABA
425 - PIRABEIRABA / ESTR. DA ILHA
430 - ESTRADA DO SUL
440 - ESTRADA BLUMENAU
441 - CIRCULAR OESTE
442 - SALÃO JACOB


Terminal Norte (João Harger)

201 - WALMOR HARGER
202 - PARQUE DOUAT
203 - RUY BARBOSA CIRCULAR
204 - DONA FRANCISCA
205 - BOM RETIRO
206 - JARDIM PARAÍSO
207 - CANTO DO RIO CIRCULAR
208 - UNIVILLE
209 - JARDIM SOFIA
210 - RIBEIRÃO CUBATÃO

Terminal Tupy (Boa Vista)

401 - PRAIA GRANDE CIRCULAR
402 - ITAMBÉ
403 - ESPINHEIROS
404 - PONTE SERRADA
405 - GÓES MONTEIRO

Terminal Sul (Santa Catarina)

7001 - ESCOLINHA via Bohmervaldt
7002 - ITINGA CIRCULAR
7003 - PROFIPO
7004 - SANTA CATARINA KM 11
7005 - ESCOLINHA via Santa Helena


Pega Fácil

310 - CIRCULAR CENTRO - Saída do Big Shop
311 - CIRCULAR CENTRO - Saída do Shopping Americanas
320 - CIRCULAR FÓRUM - Saída do Ginásio Abel Schultz
330 - CIRCULAR FLORESTA / SAGUAÇÚ - Saída Av. Antonio Ramos Alvin
340 - CIRCULAR COSTA E SILVA / GUANABARA - Saída R. Inambú
350 - CIRCULAR FATIMA / VILA NOVA - Saída R. Fátima
360 - CIRCULAR ITAUM / DONA FRANCISCA - Saída R. Wenceslau Braz
370 - CIRCULAR ANITA GARIBALDI / BOA VISTA - Saída R. Marieta Stock



Hoje, são 243 linhas no sistema. Mudou muito, não é mesmo? Agradecimentos ao Fernando Souza pelo achado. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Em Joinville, tudo é inviável.

Antes, deixarei dispostas algumas informações: 

Caxias do Sul é um município do estado do Rio Grande do Sul, na Região Sul, no Brasil. A cidade foi erguida onde o Planalto de Vacaria começa a se fragmentar em vários vales, sulcados por pequenos cursos de água, com o resultado de ter uma topografia bastante acidentada na sua parte sul. Sua população é de  441 332 hab. 

Queres confirmar os dados? Vá aqui.

Agora analisemos as duas notícias dispostas abaixo:

"A Visate irá implantar no transporte coletivo urbano de Caxias do Sul o novo modelo de ônibus BRT. O veículo terá 23 metros e atenderá, no primeiro momento, a linha 02 – Salgado Filho, Marcopolo, Ana Rech. Segundo o gerente operacional da Visate, Sérgio Benetton, o novo modelo está em fase de acabamento na Marcopolo e deverá ser implantado até o final de agosto. 

Sobre a lotação do transporte coletivo da cidade, Benetton explica que a solução é terminal com o sistema radial. Além disso, ele afirma que as estações de transbordo Imigrante e Floresta auxiliarão para descongestionar o trânsito."

"Novo ônibus da Visate

Um novo modelo de ônibus da Visate, mais comprido, deve entrar em operação em setembro.
O cumprimento do veículo articulado é de 23 metros, com capacidade para 172 pessoas, em pé e sentadas, considerando-se uma ocupação de cinco pessoas por metro quadrado livre. Ele deve fazer a linha Salgado Filho-Marcopolo-Ana Rech. A produção deste veículo está sendo concluída na Marcopolo. Em um segundo momento, outros quatro ônibus do mesmo tamanho, com chassi Scania, devem ser incorporados à frota da Visate."

Duas matérias, bem redundantes, para dar mais veracidade a informação. Você as encontra aqui e aqui

Aí está o MONSTRO DE 23 metros.





É com muito pesar que venho vos informar que Joinville é a capital nacional do pessimismo. Não é difícil você ouvir nas rádios, ou da boca de muitos responsáveis técnicos e executivos da cidade as frases: "Não é possível, não temos demanda"; " a cidade não comporta esse tipo de tecnologia"; "não dá, não pode, não é coerente". Por esse motivo, vemos uma cidade de praticamente 600 mil habitantes, com uma infraestrutura de vilazinha do interior. A pior parte é ter que se deparar com notícias como estas dispostas acima, advindas de cidades com infraestrutura em alguns pontos até pior que Joinville, além de, claro, ter uma população menor. Mesmo assim estas não tem medo de investir em inovações, seja na área de transporte, seja em qualquer outra disposta. O ápice da bizarrice, podemos chamar assim, foi quando lançaram o maior ônibus do mundo em Curitiba. Enquanto em Joinville, os empresários, somados com a prefeitura e a imprensa se apressaram em criar uma matéria televisiva e no jornal online (estou há dois dias tentando resgatá-la), alegando que esse tipo de carro é inviável para Joinville, Caxias do Sul fez isso:


Podemos notar a infraestrutura de Caxias no vídeo. A coisa não é muito diferente de Joinville, sendo pior em alguns pontos. 


Vamos acordar Joinville? Estamos chegando ao ponto em que o comodismo e o negativismo estão começando a trazer prejuízos para a cidade. As empresas concessionárias do transporte coletivo ainda não perceberam, mas esse comportamento alheio ao crescimento da cidade, que preza por tecnologia arcaica, tem gerados frutos negativos para o transporte local. Vamos pensar pra frente? As coisas não vingam em Joinville por conta de um ponto: Falta de vontade, de todos, desde a população, passando pelos empresários da cidade, até a classe política.